sexta-feira, 17 de março de 2023

Vontade de tocar o f*da-se!

Decidi e comecei a me libertar. Cortei toda a comunicação possível, nem ao menos ver foto em redes sociais, evitar a todo custo o contato real. Funcionou bem. Voltei a sair, no começo sozinho, que não é tão ruim quanto imaginam e depois com um amigo do tempo da faculdade e outras pessoas. Fui a lugares novos, com pessoas novas. É cansativo mas a recompensa é boa.

Estava me habituando a nova rotina e um dia quando estava em casa ouvi um chamado do portão era ela. Havia batido o carro e me procurou, voltava da praia, lugar que nunca gostou muito de ir, mas que agora vai com frequência, graças é claro a influencia do cara lá. Mesmo achando esquisito aceitei ajudar, inclusive emprestando o meu carro e tendo que ir de bicicleta ao trabalho por causa disso. Ela aceitou. Houve a volta do contato pessoal.

Pensando não consigo decidir se agi como um babaca ou só uma pessoa que não se importa em ajudar. Descobri nesse tempo que o "namoro" havia acabado, como se eu não soubesse que nunca houve namoro, e sim uma tentativa por parte dela para que isso acontecesse. E pior, sabendo que dormiram juntos. Faziam 30 dias que não havia contato.

No começo ainda tentei ir mantendo a frieza, mas confesso que não consegui. Fui me aproximando, recebi em casa junto com meu filho, dei caronas, voltei a ir a casa dela. Mesmo sem saber se queria voltar ou não. Talvez haja uma ilusão minha, e o que ela queira seja somente minha amizade. Não a negarei se for isso, mas nesse momento está tudo muito recente, e se for pra sermos só amigos preciso matar totalmente o que ainda sinto, e a proximidade não ajuda.

Depois de nos aproximarmos houve uma semana muito ruim em que me pareceu claramente que essa proximidade era só em beneficio próprio dela. Fomos jantar e foi uma merda. Foi tão ruim que ela mesmo percebeu e se propôs a devolver parte do dinheiro que eu havia gasto. E eu pedi, a vontade de cortar o contato novamente voltou com força, comecei a fazer isso parcialmente. Percebi que houve uma tentativa de melhorar o relacionamento por parte dela. Aceitei.

Eis que no intuito de não passar por tudo que passei novamente foi lá checar a rede social. Achei coisas que me parecem que indicam que tudo se repete novamente, só que agora com outro cara. Curtidas, comentários, os risinhos, apesar de dessa vez respeitar um pouco mais minha presença (deixar o celular de lado quando estuo presente). Não estou disposto a passar por toda essa merda de novo!

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Ainda não acredito

    Me peguei duas vezes, ou mais, com uma voz interna gritando: "ESSE FOI O MAIOR ERRO DA SUA VIDA!". E foi um erro lento... demorado. Sabotei o que tanto sinto falta agora. Me apeguei a uma ideia fixa, falsa e fugaz, atrelada a hábitos de rua e amizades. Uma liberdade que não é liberdade, lembra aquele período livre ao se terminar o colegial e achar que a caminhada acabou, que agora se pode descansar e não prestar mais atenção em nada, sem se dar conta que outro ciclo se inicia, mais difícil e mais recompensador, no meu caso minha família.

    Pra mim foi muito fácil ficar cego, insensível, e não perceber o que se passava, só agora consigo ver tais atitudes desagradáveis que cometi, quantos momentos junto com eles perdi, quanto carinho e atenção deixei de dar. Trocas idiotas como tv ao filho e esposa. Irritação por banalidades. Fui plantando sementes ruins, sem me dar conta (ou sabendo e ignorando as consequências) de que o retorno chegaria, e ele chega. Entendo que a culpa da situação não é inteiramente minha, sendo frio na analise o outro lado também não era fácil, e talvez o Todo tenha me enviado exatamente a pessoa que eu precisava para o meu amadurecimento, é talvez tenha sido isso. Uma pessoa difícil para que na convivência eu pudesse aprender a lidar com ela, lapidando algum defeito em mim e assim dando um passo a frente, evoluindo.

    Perder é ruim, ser trocado é pior ainda!

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Hoje eu seco meu coração.

 Junior, leia isso num futuro rindo de sua falta de sabedoria.


Música é massa, estimula as emoções, vc chora, fica com raiva, cai na real, pensa na vida. Fiz muita merda e não pense que não sei que estou tendo os efeitos dos meus atos. Fiz sofrer muito mais.

Mas sofrimento, como aprendizado ou injustiça, nunca é agradável, para não ser em vão é bom aprender a lição. "Você é egoísta!" quantas vezes escutei!? O quanto parei pra refletir isso? Minutos, segundos? Está ai causa maior desse coração encharcado de lagrimas.

Boys don't cry, Ela disse adeus, essa duas músicas expressam bem os erros e consequências de agora. Choro, desgosto, medo...



terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

RxDxPx 02-02-2018

A primeira lembrança que tenho de um show do Ratos foi de um festival de skate e rock que rolou no centro de convenções em 19XX. Me lembro de alguns flashes, eu com uma jaqueta do exército que era de Allan e a gente fumando maconha, essa também é minha primeira lembrança datada de desde quando fumo marijuana. Ratos de Porão e Cambio Negro HC, junto com Roberto Mya, Pacote e Allan, tavez tivesse mais gente, mas não lembro.

De volta ao presente, exatamente de volta ao dia 2 de fevereiro de 2018, show do Ratos no Cais Estelita, lugar pequeno, 300... sei lá quantas pessoas, palco baixo, thrash e hardcore nas atrações. Nesse mesmo dia rolaram dois shows porque os ingressos foram esgotados para o show das 22h, logo abriram mais um horário, as 17h, para todos poderem aproveitar. O público da banda aqui é consideravel, logo 300 ingressos voaram rápido. As outras bandas eram: Ruina, Rabujos e Decomposed God.

Show com ingressos esgotados.
Já tinha marcado com Honório pra ir ao show e comprei antecipadamente o meu ingresso e o dele, outro amigo nosso, Netinho, também pretendia ir, mas moscou na hora de comprar o ingresso e perdeu. Marquei com Honório as 21h30 e depois remarcamos para 22h. Honório, agora habilitado, seria o motorista da vez e não poderia beber, eu sim, mas não fazia questão, já que sempre temos alguns cigarrinhos do capeta com a gente.

Chegamos, na frente da parada o público é o de sempre, um monte de gente de camisa preta de heavy/thrarh/hc e caras mais sérias, mas é só a cara mesmo, a maioria é gente boa. Encontramos os amigos do rock, aquela galera que você quase sempre encontra nos picos, fumamos uns dois com dois amigos que encontramos por lá, do lado da barraca do rasta, que tava colocando uma espécie de música clássica, com um violino em destaque. Sei lá o motivo do rasta, vai ver era pra abafar o som da Ruina, que já estava tocando.

A gente se afastou um pouco e fomos sentar na praça pra poder fumar outro, sentamos entre dois grupos de pessoas que estavam lá. Enquanto eu quebrava a massinha fui abordado por um cara meio hippie que estava sentado num desses grupos que já estavam lá. Não me lembro exatamente o que ele perguntou, mas foi em espanhol, eu respondi "queres fumar um porro?", a resposta "si, si, si". O cara era do Chile estava aqui já há uns cinco meses morando em Olinda, e ganhava a vida fazendo acrobacias nos sinais. Eu desconfio dessa versão, acho que simplesmente ele já deve ter uma grana pra poder se aventurar em outros países do jeito que bem entender. Antes disso ele já havia morado na Colômbia (não me lembro qual país exatamente, mas acho que foi esse) antes.

Quando estávamos já terminando, chegaram Shurato e Marcio da Nômades, já calibrados com heinekens, conversamos e Márcio ligou para Mozart, que também estava sentado na praça e só vimos quando ele atendeu ao telefone. Conversamos mais amenidades e decidimos entrar.

O esquema do lugar era tipo boate, ou seja, você recebe um cartão e tudo que é consumido é registrado nele, guardem  essa informação. Bem eu estava de boa, mas como Honório ainda estava me devendo o dinheiro do ingresso fui consumindo no cartão dele. Antes de começar o show fui dar uma olhada nos merchandising das bandas, muita camisa preta e algumas brancas, pow custa fazer algumas camisas de outras cores? Como a do cara do Patch Customs (https://www.patchcustom.com.br/) que era do Ratos, mas amarela com o desenho em marrom/laranja? Por falar em Patch Customs, comprei um massa, edição limitada do RDP, existiam apenas 500 daqueles, e 200 tinham ido pro Japão, pequei o de número 112.

Ficamos eu Honório, Shurato, Marcio e Mozart encostados no bar e vendo o show. Pegamos do meio do show da Decomposed God. Gostei do som, e o vocalista disse antes de umas cinco músicas "e esse som é pra finalizar", o cabra gosta deve gostar de longas despedidas. Numa dessas músicas de finalizações de show observamos um furdunço, confusão, duas pessoas cabeludas se atracando e uma menina no meio da coisa. Ficamos sabendo depois que um tabacudo foi dar em cima da menina e ao ser rejeitado à agrediu com um soco. Bad, bad, bad, no show anterior do RDP (junto com GBH) por aqui, tinha acontecido algo do tipo. Ficamos conversando ao se perceber esse tipo de atitude deveria ser formada uma cocó (arapuca, tocaia) pra dar um surra nesse tipo de pessoas. Depois que vimos a foto percebemos que era um cara que tinha chegado no bar, onde a gente tava enconstado, empurrando todo mundo. Um dia ele acha o dele.

Depois foi a banda de Eurick e Jaca, Rabujos. Rabujos é uma banda lendária de Recife, lembro de ter visto uns shows deles quando eu era moleque lá na extinta Garage, a original, perto da ponte na Torre. O som começou com o vocal um pouco mais baixo, mas logo corrigiram e continuou sem problemas.

Enfim Ratos de Porão. Ficamos um tempo ainda onde estávamos, vi Shurato chegar pegar duas cervas e desaparecer lá na frente do show. Olhei para os lados e não vi Marcio, nem Mozart. Pensei "ox, o que eu tô fazendo aqui?", esperei terminar a música e fui lá pra frente ver o show de perto, eu não estava procurando o pessoal, mas quando cheguei no lugar que pretendia lá estavam os caras, não sei onde Honório estava nesse momento.

Ainda lá atrás, perto do bar já tínhamos comentado a aparência de Boca, o quanto ele parecia mais velho naquele momento, com o cabelo parecido um pouco com o do palhaço Bozo, tipo careca em cima e com cabelos dos lados. Lá na frente a impressão que os caras estão coroas aumentou. Deu pra ver de perto o Jão, o Boca, o Gordo e Junin. Me pareceu que quem tinha mais gás eram justamente os que tocavam cordas, Jão e Junin. Mas é claro que eu não perdi a chance de zoar um pouco com os meus ídolos, quando o som diminuía eu mandava "já tá cansado né coroa?", "senta ai e descansa um pouco, pô." e coisas assim. Kkkk.

O Show cara, muito bom como sempre, e dessa vez fiquei bastante perto dos caras e deu pra ver o show todo de boas. Os solos de Jão, as viradas de Boca, Junin viajando no baixo, e claro o Gordo e suas caretas. Esse entrou no hal dos melhores shows que já vi.

Vi Shurato comentando com Márcio que quando terminasse o show eles iriam pular a proteção e invadir o camarote. Dei os toques que iria também, mas antes disso ocorrer houve uma conversa com o segurança e ele disse pra irmos ao camarote. Não entendi, por que Shurato foi falar com o segurança, mas enfim. Quando terminou o show fomos pra entrada do camarote, Shurato emburaca, o segurança tenta barrar Marcio, ele diz que é da banda e o segurança exita, ele entra. Fui entrar e... priu me fodi, o cara me barrou... fiquei com cara de cu. Os caras saíram e mostraram as fotos, Jão e Boca, João Gordo estava chato e não rolou com ele, e Junin estava andando durante os outros shows, se quisessem tirar uma foto era só pedir, mas a moral mesmo são os coroas.

Bem o show tinha acabado, as últimas aventuras rolado e agora restava ir embora. Quando fomos lá pra saída a fila para pagar o cartão estava gigante. Honório já tinha pago o consumo de minhas heinekens, mas eu ainda precisava pegar a fila. Voltamos ao bar e os caras pagaram um balde de heineken, Honório tava pentelhando para irmos embora, e ele tava com um sono danado, dava pra ver. Ok, vamos embora, na saída a fila realmente estava pequena, vou lá, não tinha nada pra pagar, na hora da saída, no momento que eu apresento o cartão para o segurança liberar minha saída que olho para o lado quem encontro? JÃO!!! Perdi a primeira chance mas não a segunda, falei com ele e pedi pra tirar uma foto, comentei sobre a entrevista dele com o Gastão (no programa Kazagastão), o celular não pega direito, peço pra ele esperar um pouco, comento sobre o bar dele, o celular fotografa. Ele segue e entra na van e eu saio correndo pra e conto pra galera o ocorrido.

Indo pra casa Honório também dá uma carona pra Luciana, que mora bem próximo a minha casa. Sinto que os dias de ver o RDP ao vivo estão acabando, não sei até quando os caras aguentam. O tempo é um monstro.




quinta-feira, 3 de março de 2016

Adivinha, doutor, quem tá de volta na praça!?

Quanta água já passou pela ponte ein!? Faz um tempo que não posto nada, mas a vontade sempre continuou. Muita coisa rolou nesse tempo ausente. Virei pai, constitui família, agora trabalho para o governo, fui morar com a companheira, isso para dizer o minimo.

No campo do coisas a fazer antes de morrer, alguns sonhos realizados, mas com um monte ainda na espera. Como ver um show do ACDC, ver uma baleia de perto, visitar um vulcão e conhecer uma coffe shop em Amsterdã. Velhas manias persistem (old habits die hard), agora junto com as novas. Novos amigos dos trabalhos, da academia, da vida. Novos parentes.

A cabeça continua com "fome" o tempo todo, precisando de cultura e experiências psicoativas kkk. Bandas (incluindo a minha), livro, música, filmes, filosofia, politica, economia, só comida boa. Isso aqui é só pra tentar quebrar a inércia de escrever, vamos ver se anda novamente.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Ano de mudanças

1. Ex Míope

Hoje Depois de amanha (dia 12 de dezembro se você estiver com preguiça de calcular) completa um mês da minha cirurgia refrativa. Não uso mais óculos de grau, coisa que estava nos meus planos há muito tempo (junto com fazer uma tattoo e comprar um bateria). A cirurgia foi a FEMTO-LASIK, tinha outra ai, uma tal de PRK, mas disseram que essa última demoraria um eternidade para a visão estabilizar e ficar legal e o pós-operatório seria muito dolorido. Dai eu fiz a FEMTO-LASIK que foi muito tranquila e o pós-operatório foi muito... hm... digamos... suave na nave, ao menos para mim.

A cirurgia em si não incomoda em nada, só na hora cortar o "flap" é que há um desconforto, uma pequena pressão no olho, fora isso nada. Minha mãe e minha namorada me acompanharam no dia e sai de lá andando como se nada houvesse ocorrido, mas os olhos ficaram muito vermelhos e sensíveis a luz nos primeiros dias. A vermelhidão demorou um mês mais ou menso para sair, e a fotofobia uns dois ou três dias. Minha mãe estava mais tensa que eu no dia, mas minha namorada fez companhia a ela e tudo joia.

A cirurgia foi mais ou menos (bais ou benos) assim.

Faca no olho, doido. Kkkk
...é mentira... til til... é mentira... foi assim.


Essa é uma cirurgia similar a minha. E não, pow, esse não é meu olho. Meu olho é cor de mel, e esse olho feio dai tem cor de lodo podre. E agora é só no style total de óculos escuros, vou ter que usar por um tempinho ainda, mas tá de boa. Praia só daqui a dois meses, mas pense que eu não estou nem ligando porque os benefícios estão sendo imensuráveis. Custou o olho da cara (trocadilho nojento), mas valeu cada centavo.

Tô enxergando mais ou menos assim agora... mentira, claro, se fosse assim todo mundo iria fazer.
Sobre os planos da cirurgia, demorei dois anos para fazer essa bendita, da primeira vez que fui ao oftalmologista que foi indicado por amigos (Fernando Cunha do HVisão) a minha ideia era fazer no particular, mas o preço era tão alto que compensaria mais pagar um plano de saúde por dois anos e fazer a cirurgia depois do período de carência. Foi o que aconteceu. Completei os dois anos de carência em março desse ano, mas estava desempregado (esse vai dar outro post) e não tinha como pagar uma diferença que seria necessário pagar para fazer uma cirurgia personalizada, o plano só cobria o básico. Depois que comecei a trabalhar juntei o resto que faltava em poucos meses e pronto. Voi lá!


2. Ex Fudido das Costas

Eita que eu quis mesmo melhorar de saúde esse ano, além de ser um "ex-quatro olhos" (anotação mental: já posso chamar os outros de quatro olhos), me livrei das minhas dores nas costas. Ainda me pego perguntando hoje em dia por que diabos eu esperei tanto para ir a um ortopedista. Engraçado é que quando eu tava desempregado não fui ao médico, só depois que arranjei um é que me deu vontade de ir resolver essas broncas, vai saber, acho que era desânimo.

Neste caso me livrei das malditas dores lombares com RPG. Não meu filho, não é Caverna do Dragão, é uma especie de tortura medieval para qual conseguiram dar alguma utilidade. Mentira? Saca ai a mesa.

Instrumento de tortura medieval usado para o bem.
É pra se lascar, foram 10 seções de uns 45 minutos cada. Na primeira não senti nadinha e estava descrente, mas já na segunda a mágica aconteceu. Plim! simples assim, as dores cessaram e a partir das outras sessões fui sentindo o corpo mais leve, as pessoas reparavam que eu não estava mais andando envergado, vê que fera.  Nova vida, pow. Por sinal as sessões de RPG acabaram na última sexta feira e agora vou partir, provavelmente, para o Pilates e depois volto para academia. Diga ai, eu já me achava um velho decrépito antes do tempo de repente tô bom. Fuderoso. Qualidade de vida lá em cima.

PS: Vou escrever um texto sobre esse tempo sem postar, e o que aconteceu, mas adiantando. me iludi com umas boas colocações em concursos públicos que realizei e me deixaram de molho, até agora nenhum me chamou, mas tô aprovado. 

sábado, 13 de julho de 2013

Rascunho do novo texto.

Hoje é o dia do rock do ano de 2013 e eu tenho um artigo que trata exatamente desse tema sobre rock, mas um texto não começa do nada, existe todo um processo. Ele é rascunhado, posto para apurar, re-lido e corrigido, depois incrementado e deixado de lado um tempo, depois re-lido e por ai vai. Tenho um texto antigo que estou escrevendo sobre o primeiro show de que participei com a minha primeira banda de rock (que ainda hoje toco com dois dos três integrantes desa época) e como o blog tá parado a muito tempo resolvi por o rascunho aqui. Um dia eu termino, com fotos e tudo o mais. Mas por enquanto é só isso.

...
Mas antes da desventura de roqueiros debutantes iniciar tivemos uma péssima noticia. Rato um conhecido meu e mais próximo de Markito e Honorio foi encontrado morto com o corpo contorcido em cima do sofá de sua casa. O motivo? suicídio. Veneno de rato, a morte as vezes faz piadas de muito mal gosto. Markito, aparentemente o mais próximo de rato entre todos os Anarkoticos, escreveu uma letra chamada "conclusão precipitada" que tem o seguinte refrão (pelo que eu me lembro):
Conclusão precipitada
Como você diz
Sua vida não vale nada
Se você nem quis
A noticia chocou a todos, mas o show tinha que continuar. Clube carnavalesco misto Lenhadores.
[foto]
Tudo bem, na medida do possível, algumas dezenas de rockeiros na porta do clube. Fim de tarde, aquela horinha em que o céu fica laranja, eu bebendo algo que não me lembro, mas chuto que era vinho barato, vinho Carreteiro. A frente do clube fica em frente a lateral de um colégio publico que tem o apelido de gaiolinha, e como era sábado a coisa estava meio deserta, o clima estava bem agradável nem quente nem frio, vários grupos de pessoas conversando e rindo a vontade e guitarras e baixos encostados na parede do clube guardando o lugar na fila de entrada. Era o silencio que precedia o esporro, pois naquele exato momento o silencio foi quebrado por sirenes e várias viaturas da policia fechando todas as ruas que davam para a entrada do clube. O fato, como gosto de lembra-lo ficou conhecido como O MAIOR BACULEJO DE TODOS OS TEMPOS.
A coisa parecia meio surreal aos nosso olhos, nunca se tinha visto tantas viaturas juntas no mesmo lugar. Acho que eram 3 caminhonetes e 4 carros, fecharam as duas ruas e nos encurralaram no meio.
[mapa]
Claro que como era o maio baculejo de todos os tempos também tinha o maior paredão de todos os tempos, a revista era feita no muro do colégio, e eu estava na parede do clube junto com Jubinha, tomando conta dos instrumentos. Quando vieram terminar o baculejo, com o pessoal que estava encostado no muro do clube, nos revistaram e perguntaram a Jubinha quem era o dono da guitarra, ele respondeu dizendo que a guitarra era minha, então tive que abrir o case e tirar a guitarra, os cabos, a pedaleira fonte e tudo de dentro. Nada encontrado e eu começo a guardar as coisas então chega outro policial e pede pra eu tirar tudo novamente. Depois da segunda vistoria ele pergunta de quem é o baixo (que estava sob a responsabilidade de Honório, que eu não sei onde estava), Jubinha não espera nem ele terminar a frase e diz que é meu também e lá vou eu esvaziar o case do baixo como fiz na guitarra. FUUUU!! Enquanto isso Jubinha rindo da minha cara, é foda!
Depois de ser revistado e guardar guitarra e baixo em seus cases fui ver o que estava acontecendo, Geydson o guitarrista e líder da Ugly Boys estava tendo problema por ter levado Mariana, que é a prima de sua esposa. O problema é que na época Mariana era bem novinha e o policial cismou que ela não deveria estar ali, mesmo sob a responsabilidade de Geydson. Então ele montou na moto e levou Mariana embora.
Entramos, já tinha um povo lá, muitos amigos, muita gente conhecida, afinal era um evento no nosso bairro e quase todos compareceram. O palco ficava no fundo e bem ao centro, na sua frente tinha um salão e existia bastante espaços dos lados. A minha turma estava do lado direito já bebendo, e com uma figurinha que eu nunca tinha visto atá aquele dia, Cacá. Cacá é um homossexual, e muito escroto. Assim que cheguei ele pediu para que eu juntasse os dois dedos indicadores e médios das suas mãos, depois ele segurou e disse "hm... é grossinho". Pegadinha da galera, rimos e continuamos lá vendo a movimentação.
Nesse ponto...
E o texto parou por ai, ainda falta o começo que está em outro arquivo .txt, daqui pro fim do ano eu termino, tô passando por uma fase transitória da vida fiquei com pouco tempo (disposição) pro blog, mas não vamos deixar a peteca cair, quero ler isso daqui quando for velho... mais velho.