sábado, 5 de janeiro de 2008

coisas do fim de 2007

Escrevi esses textos em alguns dias do ano passado:

O ADEUS

A coisa não parecia tão bonita quando Fulano deixou o local e foi caminhando em direção ao seu carro. A sua visão hora parecia normal, hora parecia embaçada, hora normal, hora embaçada, até que percebeu que eram lagrimas caindo dos seus olhos. Percebeu que aquele poderia ser o último dia, o último momento que a veria.

O barulho do alarme sendo desligado e as portas do carro destranvando o trouxeram ao mundo por alguns instantes, e foi nesse momento, quando a verdade o atingiu, que sentiu o terrivel peso das mudanças.

Sentia-se como um barco perdido no meio de uma tempestade, sem visão, sem destino, sem saber para onde ir. Olhou para as mãos e elas se mexiam, mesmo contra sua vontade elas tremiam.

Engoliu o soluço, trincou os dentes e pensou "desta vez não vou chorar". Enxugou as lágrimas e sentou no banco do motorista. Enfiou a chave na ignição e no momento que fechou a porta do carro e a luz apagou sentiu novamente um peso enorme.

... cansei de escrever! =/


A CACHAÇA

O plano inicial era alugar um DVD e passar a noite da sexta feira em casa, mas algo na minha cabeça ficou insistindo: "enquanto você fica em casa ela vai esta por ai, se divertindo". Prontamente falei com um amigo, na intenção de ir tomar uma, e obtive a resposta: "estou com uma infecção intestinal, mas se eu melhorar eu vou". Já tinha me convencido que teria mais uma noite triste assistindo algum filme violento.

Pois bem, quando deu 17:30h um casal de colegas me perguntou para onde eu ia, falei que estava com vontade de ir ao bigode então convencemos outro amigo nosso a ir e fomos. Chegando lá o reggae era tosco, as pessoas eram toscas e a skoll não estava tão gelada, mas na falta de coisa melhor ficamos lá e após algum tempo e cervejas aconteceu o que uma pessoa geralmente faz quando toma muitas cervejas: MERDA.

O fato de fazer merda bêbado se torna pior quando por algum motivo você já se encontra fudido em relação a alguma coisa, seja no trabalho ou no relacionamento. O pensamento é baseado na frase que diz: "o que é um peido para quem já está cagado?", ou na sua variação: "agora que já estamos na merda, vamos nadar nela!", esses dois axiomas serviram como base teórica para o desenvolvimento de uma equação que mede o nivel de merda que uma pessoa pode fazer quando está bêbada.

Bem, apoiado na observação empírica do comportamento dos bêbados e nos axiomas apresentados acima foi desenvolvida a seguinte equação:

BEBER = (FAZER MERDA)^n

Onde o n representa o fator extrinseco de merda, ou seja, são os fatores que podem transformar aquela merdinha que um bebô faz (como ficar abraçando os outros e chamando de irmão) para coisas totalmente nonsense (desligar o contador de energia da casa dos outros). Para se ter alguma idéia desse fator a tabela abeixo mostra alguns dos valores de n.

VALOR FATOR EXTRINSECO
1 está com celular.
2 está com carro.
3 está com celular e carro.
99,9 está com celular, carro e se remoento por causa da ex.

Voltando a nossa história e pulando a parte chata, que conta das conversas de trabalho numa mesa de bar, queria saber por que raios eu peguei a porra do carro fui parar na porra da casa da ex!? Talvez tivesse feito algo que queria fazer, que meu coração queria, pois meu cérebro não estava em condições de levantar a voz para o mesmo. Talvez essa falta de cérebro é que tenha feito eu desgraçar de vez a minha situação.

[PARÁGRAFO EXCLUIDO POR AMOR PRÓPRIO]

E a noite no quarto não foi melhor. Não me incomodo de acordar no meio da noite, e isso tem acontecido com bastante freqüência na última semana, também não me incomodo se alguém me acordar no meio da noite, mas me incomodo se for acordado por uma dor de cabeça no meio da noite, será que ela não poderia esperar eu me acordar?

Rê bordosa! Dizem que é uma qualidade rir da própria desgraça, pois é!

O LAMENTO

Nos ultimos dias tenho observado a lua durante as noites, divagando, pensando, e parece que a mesma previu o péssimo momento que eu teria durante a madrugada e resolveu não presenciar aquele sofrimento. Foi uma noite sem lua.

Numa das piores noites da minha vida, sem exageros, algo diferente das outras noites em que, na última semana, tenho me acordado de madrugada aconteceu. A sensação de algo apertando por dentro, queimando como um orgão ferido, uma dor que não passa tão fácil.

A má sensação veio acompanhada de arrepios, calafrios, vista embaçada, e no mesmo momento em que a inquetude atacava meu corpo minha mente se mantia focada somente em uma coisa. Lágrimas foram inevitaveis, escorriam pelas minhas bochechas, não tinha forças para me levantar, não tinha vontade de reagir, nada, um vazio, estava literamente acabado. Foi uma noite diferente.

O motivo para mim é bem claro, é algo que poderia ter sido evitado, mas não foi. E essa dor se você soubesse da história saberia o motivo, foi tão rapido. Bem, agora que sobrevivi, ao custo de cicatrizes inesqueciveis, só me resta tentar compreender e lamentar. Maldito pastel! Maldita dor de barriga!

***

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