domingo, 3 de maio de 2009

uma noite fudida de maio

*nota do autor: deu preguiça de corrigir o português então relevem okay?
*outra nota: essa é minha opinião do show okay, não gostou? Tem um campo ali embaixo chamado comentários, achou? Não use ele!

RESENHA DO SHOW EM RECIFE DO:

Mais uma vez a história se repetiria, esse foi o sentimento que tive as 21:30h enquanto esperava um amigo para entrar no show e observei o movimento na entrada. Do lado de fora se via as caras apreensivas pensando "será que tem gente lá dentro", "quem já cantou?", "entro ou não entro". Esse mesmo sentimento e o clima chuvoso levou-me a conclusão óbvia: este show vai ser pior que o outro. Bem amigos, por Deus (ou pelos poderes de grayskull) eu estava errado, e fiquei bem feliz em saber isso.

Honório, o amigo que eu esperava, chega e conta uma história (ele é frentista) que viu os caras comendo no Mc Donalds (todos os japas e os capixabas) foi lá e trocou uma idéia com Sandro e Mozine, ou foi Sandro e Paulista, e brincando ele soltou agora vocês terão que cantar Mac Câncer Feliz, fato que realmente ocorreu e com dedicatória e tudo mais. Mas bem, ficamos conversando do lado de fora quando surge Cabeça, outro amigo de longa data, que veio de Caruaru pra ver o show, volto a falar de Cabeça na hora do show do Mukeka, e por enquanto seguiremos com a resenha.

Entrei e já tinha perdido a Handsome, banda a qual tentei me comunicar porcamente com o vocalista, que também não sabia inglês e que ficava repetindo "i dont know, i downt know", como as músicas eram mais leves não fiquei muito chateado, porém gostaria de ter visto a performance da banda. Mas bem, naquele momento o estrago era ter perdido a Handsome e a primeira banda daqui de PE, da qual não me lembro o nome.

A primeira banda que assiti foi a ex-"Nose-Tail" e agora chamada Carpo, que foi promovida de banda do "nhá-nhá-nhá" para banda com vocal de mulher com medo de barata (isso é uma coisa boa, acredite), com riffs mais legais a Carpo provou estar no caminho certo, mas que ainda tem ralar um pouco, o publico também não tava muito instigado pelo que pude comprovar, mas provavelmente o pessoal tava guardando as energias para as estrelas da noite.

Durante o show da Carpo o clima estava muito bom e nesse momento deu pra conversar com quase todos caras das outras bandas, o pessoal do fuck on beach figuraças e comedores de espetinho riram e ficaram espantados quando eu soltei a velha brincadeira em inglês porco:

- you know what you ate a time before?
(vcs sabem o que vcs comeram a um tempo atrás?)
- no.
(não)
- that is called espetinho and is made with dead cat meat
(aquilo é chamado espetinho e é feito com carne de gato morto)

Nessa hora os caras começaram a rir e falar japones, soltei logo outra.

- and that is called charque and is made with meat of the donkeys died in collision with cars.
(e aquilo é chamado charque, é feita com carne de burros mortos nas estradas)

Olhos esbugalhados e mais risadas, fiquei perguntando besteiras sobre a cultura japonesa, quer saber de algo escroto? Pergunte sobre kancho. E voltando novamente a resenha.

Assim que termina a Carpo vem a banda que pra mim fez o melhor show da noite: Vivisick. Eu mesmo já tinha escutado dois albuns do Vivisick a algum tempo, o do split com o Mukeka e outro, e acho que pra quem estava ali era isso era muito. No entanto quando os caras soltaram os primeiros riffs percebeu-se que não era preciso saber a letra ou falar japonês nem nada, o som por sí próprio fez com que todos se reunissem na já famosa roda de pogo e começassem a celebração do rock, era nego voando, gente se trombando, todo mudo gritando e talz. No palco as coisas pareciam boas também, e quem prestasse um pouco mais de atenção nos sorrisos estampados nos carinhas de olhos puxados poderia ver que eles nos diziam: vocês são um público do caralho!

Depois de beber mais uma cervas e socializar um pouco com o pessoal entra a Fuck on Beach, ai começou a desgraceira (no bom sentido) a banda clássica provou ser tudo o que afirmam, a batera e a guitarra descarregando toda a energia que se pode imaginar, a roda pogo estava lá, mesmo que em menor volume que a do Vivisick. Não me lembro ao certo mas acho que o Mozine entrou no meio do show para tocar uma música com os caras, o que tem muito valor entre eles e para nós que assistimos aos shows. Com isso acabaram-se as apresentações niponicas e o terreno já estava mais que pronto para o Mukeka di rato.

O Mukeka di Rato dispensa comentários, os caras sempre surpeendem, e numa noite chuvosa levaram calor aquela pequena multidão sedenta por rock. A apresentação, longe de ser ruim ou mediana, serviu como desculpa não declarada pelo último show no mesmo armazém 14, e as desculpas foram aceitas, muito bem aceitas por sinal.

Nesse momento Cabeça (o cara que eu citei no segundo parágrafo) sobe no palco com toda a moral e se aloja em cima do caixa de retorno e fica lá, de camnarote, vê se pode. Alguém do Mukeka solta: "essa música é para o cara que trabalha na Mac Donadls" e tascaram um Mc Câncer Feliz. Olhei para Honório e falei: "é só erraram na profissão", e ele: "oxe, vou lá pra frente", fomos.

Num momento o baixista do Fuck On Beach assume o baixo, em outro o batera da mesma banda assume o lugar de Brek, olho para a arquibancada e vejo o baixista do Vivisick delirando, jogando cerveja na galera e pulando, roda pogo enorme, empurra-empurra, o palco é invadido, algazarra, felicidade. Porra! Rock é isso!!

Foi em uma noita chuvosa de maio, uma noite fudida de maio, e foi um show do caralho!

Um comentário:

Anônimo disse...

O show de Mukeka e as outras bandas foram muito boas. Realmente neste dia foi celebrado o rock de verdade com roqueiros de verdade.
Parabéns pela resenha.