segunda-feira, 29 de março de 2010

show do NO-FX - parte 01

Resenha da viagem a fortaleza para ver a NO-FX

MUITO DO CARALHO! É assim que defino o show do NO-FX em Fortaleza, aliás só o show não, toda a viagem, as novas amizades, as novas histórias, os apelidos, as piadas e os novos bordões inventados.

NOTA: Sei que este não é um meio muito convencional de se começar um texto, mas as vezes é difícil expressar uma emoção sem o uso do palavrão, e por isso peço que façam um exercicio mental e toda vez que lêrem um palavrão aqui imaginem imediatamente após ele a seguinte frase entre virgulas "desculpem o palavrão". Lets Rock!

Dia 6 de março de 2010, sábado, horário marcado para pegar a van 5:30h, mas como todo bom brasileiro presumi que haveria atraso na saída, ou que as pessoas chegariam ainda mais atrasadas que eu. Pego o ônibus e sigo tranqüilo a caminho do Recife Antigo, o local combinado é o Marco Zero. Dentro do ônibus ainda sonolento recebo uma mensagem ás 5:45h: "kd tu pow!?", respondo com outra mensagem: "já estou no ônibus e chego em 5 min", dez minutos depois recebo uma ligação do mesmo remetente, mas eu já estava andando em direção ao lugar marcado.

Aqui peço permissão para dar uma dica: em mensagens, telefonemas e principalmente pessoas esperando outras pessoas nunca, NUNCA MESMO acredite na frase "tô chegando", tô chegando equivale a "espera ai que ainda vou tomar banho, escovar os dentes, ver uma roupa, checar a grana e pegar o ônibus" isso tudo exatamente na hora em que você tinha marcado o encontro. Mas voltando a viagem.

Cheguei ao lugar marcado e... surprise! Eu estava certo, ainda faltava uma pessoa chegar, para minha não surpresa se tratava de uma menina, não que eu queira dizer que mulheres sempre se atrasam, mas isso foi um fato no dia. A menina chegou - esqueci o nome dela agora mas enfim - com todo mundo dentro da van começamos a percorrer os 800 quilômetros para ver a NO-FX, 800 quilômetros esses que se transformam em 1600 se as pessoas forem caladas nas suas e emburradas, fato que realmente aconteceu na primeira meia hora da viagem, o que provou ser só sono mesmo porque logo surgiram música, vodka com fanta, e conversas animadas.

Recife/Fortaleza, chão pra k@#$%!!

Eu realmente deveria ter escrito esse texto logo quando cheguei do show, mas não deu e acho que esqueci um monte de coisas, mas vou escrever o que me lembro da ida, já que na volta foi praticamente só dormir.

A van estava quase cheia, mas ainda faltavam dois meliantes que foram pegos em Abreu e Lima e seguimos. Uma dessas pessoas que subiram a posteriori na van foi o Fábio e quando ele se encontrou com a galera André nos apresentou ao primeiro bordão da caravana: "tu e teu irmão é dois ladrão!" isso mesmo, "tu e teu irmão É dois ladrão!", afinal de contas concordância é para os fracos e não tem graça. O motivo eu não sei, mas escutamos essa frase algumas dezenas de vezes dentro e fora da van.

A viagem tinha realmente começado, e em algum lugar entre Recife e Fortaleza, já sob o efeito da vodka com fanta, as pessoas começaram a se soltar e a primeira idéia brilhante: pôr a bunda na janela e zoar as pessoas. Então no melhor estilo kiss my ass duas pessoas foram lá e pow! Bundinha na janela, com direito a tapinhas e tudo o mais, foi bastante engraçado ver as reações adversas das pessoas que variavam de revolta, passando por nojo e até gargalhadas, as gargalhadas, claro, por nossa parte diga-se de passagem.

Hora do lanche, alguém surge com um delicioso - okay não tão delicioso - salgadinho torcida sabor pimenta mexicana, ou algo do tipo, todos comem e quando chega a minha vez faço como quando como pipoca, seguro o saco de forma que ele fique parecido com um copo e viro. Isso passaria totalmente despercebido se não fosse o gordinho - pow, nem sei o nome dele então chamarei carinhosamente de gordinho - que tivesse visto: "pow o cara bebe salgadinho torcida!", pronto foi o suficiente para eu ganhar o apelido de torcida, o cara que bebe salgadinho.

Ao meu lado estava Geyvson e do lado dele um cara com camisa do NO-FX e que tinha trazido alguns cds originais da banda, ele tinha um detalhe peculiar que era o seguinte: toda vez que ele entrava na van ele ficava espirrando e quando saia ele parava. Isso poderia me render uma tese sobre a primeira pessoa com alergia a van no mundo, mas eu me satifiz em somente por um apelido nele: espirro. Seguimos.

primeira parada, antes das bundas nas janelas

Passamos por algum lugar que era muito quente, tão quente que abrir a janela tinha efeito semelhante a pôr um secador de cabelo ligado no máximo na própria cara, e foi nessa hora que o mala do motorista - ainda vou falar sobre ele aqui - resolveu que seria hora de ligar o pseudo-ar-condicionado, que não esfriava quase nada, mas que era melhor que aquele bafo do inferno externo. Então seguimos com as janelas fechadas e só abriamos quando alguém queria fumar.

E tome chão, horas se passam, fome chega e começamos a pensar onde almoçariamos, o Gordinho sugere comermos na Churrascaria do Gaúcho, onde Supostamente se poderia comer muito e pagar pouco no melhor estilo restaurante de caminhoneiro, o lugar seria teóricamente perto de Mossoró a borda da BR, então ficamos na maior expectativa procurando a bendita churrascaria já imaginando a deliciosa capinha de carne sendo cortada na nossa frente. Finalmente chegamos ao lindo lugar onde almoçariamos...

restaurante cinco estrelas

Churrasco? Capinha de carne? Carne assada? Não meu amigo, paramos neste belo lugar mostrado na foto acima o chamado O Cozidão, a Churrascaria do Gaucho não foi encontrada, e não tinha como a gente ter passado por ela, quinze olhos atentos não deixariam um bom almoço passar batido.

Mas voltando ao local do almoço, a comida poderia ser descrita como fat-crap-food e o lugar era quente, cheio de gente feia - com exceção de nós da van, claro -, com centenas moscas e o pior, não tinha carne assada, mas claro, não esperaria menos de um lugar chamado O Cozidão. Lá ao menos tinha uma pia para lavar a mão e escovar os dentes antes e depois de almoçar, respectivamente. E como se a fome fosse pouca algumas pessoas antes de comer decidiram aumentar ainda mais o apetite e utilizaram o poder da lárica, que é obtida através do processo de inalação de fumaça de plantas da natureza no formato de mato seco enrolado em seda, e foi durante esse processo que dialógo que vou descrever a seguir acontece, para manter o anônimato chamarei os envolvidos de A, B e C.
- Ffffff! fffffff! fffffff! cof! cof! - diz A e passa o cigarrinho já minusculo para B.
- Pow, já tá no finzinho, fffffff!! cof! - retruca B e passa o toquinho para C.
- Pra mim tá limpeza! - diz C depois de segurar com o que sobrou do cigarro com as pontas dos dedos dá um puxão com toda a calma, enche as bochechas de fumaça, traga, segura, expira, pega o óculos escuro que estava preso em suas orelhas em cima da cabeça e sai balançando os braços no melhor estilo maconheiro de várzea.
Por que eu falei isso? Porque esse se tornou o segundo bordão da viagem, era mais ou menos assim: alguém oferecia um biscoito ou qualquer coisa a uma pessoa que já estivesse satisfeita ou não quisesse a tal coisa e essa respondia com o sotaque de malandro igual ao de C: "Pra mim tá limpeza!".

CONTINUA...

3/4 vanz inside content

Saquem o que tem na continuação
  • quilometragem em espaço ou em tempo?
  • todos no motel
  • motorista felá
  • banho escroto
  • o show
  • impressões
  • galera de PE lá
  • camisa e inglês
  • bandeira de pernambuco
  • encontro com o cartunista guabiras
  • trêtas
  • um chopp pra distrair
  • falow e até a próxima

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