terça-feira, 18 de dezembro de 2007

3 coisas que eu adorava e deixei de fazer*

Neste último ano, principalmente durante o último período na faculdade, tenho pensado muito em algumas coisas que eu adorava fazer mas deixei para trás por causa do pouco tempo livre que tinha. Lembro-me que quando realizava tais tarefas me sentia leve, satisfeito, e era quase certo uma noite de sono tranquila sonhando com a brisa fresca, o céu, as nuvens e a Sheila Mello.

Com o fim do curso, que durou 5 anos, voltei a ter um certo tempo livre, mas não sinto mais vontade de fazer o que fazia antes. Aliás, tomei um certo desgosto por várias coisas, como ficar discutindo a filosofia punk ou atacando o sistema capitalista e essas coisas de roqueiros revoltados. Bem, tirando essas coisas, que eu realmente acho que fiz bem em parar, existem outras, essas que dão título ao tópico, que sinto uma certa falta de vez em quando.

Uma mente desprovida de inteligência poderia argumentar que essa "falta de vontade" pode ser atribuida a novas atividades que substituiram os velhos habitos, não creio, pois trabalhar, trabalhar e de vez em quando trabalhar não me trás tanta satisfação, excetuando a hora de pegar o salário e as vezes que eu fico zoneando com a galera.

Sinto a necessidade de gastar mais um parágrafo para deixar bem claro, quase tão claro quanto os faróis de milha de uma eco-sport do ano, que não tinha nada de muito virtuoso nessas atividades, e mesmo sabendo que muito do que fazia não ia me fazer crescer como pessoa ou filosóficamente, eram minhas diversões, eram meus passatempos e eu realmente gostava de perder meu tempo com aquilo. Vamos as três coisas.

1. Desenhar
Acho que todo mundo que teve uma infância de verdade gostava de desenhar, e até quem não gostava precisava aprender a desenhar as letrinhas quando eram pré-alfabetização, eu como toda criança tinha muito tempo de sobra adorava desenhar, e o hábito continuou, aumentando na adolescencia e continuou até bater de frente numa coisa chamada faculdade. Os desenhos numa primeira fase se referiam a superheróis e do nada passei a gostar de coisas menos "do bem", me viciei em desenhar caveirinhas, morcegos, cobras e qualquer outro personagem comum num dia de halloween.
Para falar a verdade ainda dei umas rabiscadas durante os últimos meses da graduação, mas naqueles momentos o universo conspirava para que eu pegasse o lápis e começasse a soltar a imaginação, algo como assistir aula de eletromagnetismo apaixonado e depois do almoço. Acredito que Michelangelo deve ter passado por algo parecido na hora em que pintou a Capela Sistina.

2. Tocar violão.
Dois violões quase afinados, calos nos dedos e a contagem clássica: UM-DOIS-TRÊS-QUATRO. Enquanto a galera pegava o violão para aprender a tocar músicas da Legião Urbana eu e meu comparsa gastavamos horas compondo melodias que só gente da nossa laia gostava, e dessas nossas estripulias músicais sairam músicas clássicas como pedra e forever broken heart (um dia eu ponho a letra) entre outras vinte e poucas.
Lembro que a coisa toda ficava melhor quando ligavamos a guitarra e o baixo, ai sim era diversão pura. Tenho boas recordações de quando arranjamos uma bateria emprestada e Marquito assumiu as baquetas, me lembro de neguinho tocando um cover do ratos de porão com a letra alterada pertubando com a vizinhaça, algo como: "Câncer! Câncer! Coxinha de Dona Zefinha! Câncer! Câncer! Pastel de Dona Socorro!" tudo com muito vinho barato, é claro.

3. Jogar - jogos eletrônicos e de tabuleiro.
Supernintendo, War, Jogo da Vida, Xadrez, quanto tempo da minha vida gastei jogando esses jogos não sei, sei que perdi as contas de quantas tardes passei jogando War embaixo de um pé de jambo com a galera. A brincadeira continuo inocente até alguém com tendencias sádicas nos inicar no Bozó (Ludo) com pingo de vela, a coisa funcionava da seguinte forma, quatro pessoas jogavam e os dois últimos saiam do jogo para dar a vez a outras pessoas, e o último levava 50 pingos de vela na mão. Lembro que no auge da coisa alguém sugeriu apagar uma vela de sétimo dia na mão do perdedor e outro, mais nonsense ainda, sugeriu dar pingos de plastico em chamas! Wow!
Bem, em termos de jogos eletrônicos tinhamos o Tetris Attack do super que era um jogo fodástico, um espécie de tetris alterado onde você tinha a possibilidade de jogar contra outros individuos. Nesse tempo era comum sonhar com quadradinhos girando e esse tipo de coisa. =)

4.

5.

*(explicando o asterisco lá do topic) O POST ORIGINAL SE CHAMAVA: 5 coisas que eu adorava e deixei de fazer, mas o tempo foi passando e fui enchendo o saco e não deu vontade de escrever o resto.

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